TURISMO & ECONOMIA

Altamira lançou em Belém a Rota do “Cacau ao Chocolate”

O evento, coordenado pela SEMTUR, reuniu agentes de viagens, jornalistas, influenciadores digitais, representantes do trade turístico  e empresários que atuam na cadeia produtiva do cacau e chocolate.
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A Rota do "Cacau ao Chocolate foi idealizada
pela SEMTUR de Altamira.

Um dos maiores desafios de quem atua no turismo é colocar produtos atraentes e bem estruturados no tarifário das operadoras turísticas mundiais. A Prefeitura de Altamira, município localizado no sudoeste do Pará, tem encarado esse desafio com muita responsabilidade e o compromisso de  investir em produtos e serviços que permitam desenvolvimento socioeconômico para as comunidades locais com diretrizes da sustentabilidade. 

O professor da UFPA, Anderson Borges
representou a Cacauway elogiou a iniciativa.

Um exemplo desse esforço é a Rota Turística "Cacau ao Chocolate”, lançada na manhã desta quinta-feira (25), durante um coquetel no Restaurante Famiglia Sicília, em Belém. O espaço é de propriedade dos irmãos Fábio e Ângela Sicília, chefes da gastronomia paraense, com requintes da cultura italiana, que agora colecionam premiações mundiais por chocolates produzidos na Amazônia, boa parte derivado do cacau do Xingu e Transamazônica. 

Diretores da Belém
Andrade Modas
Verônica Preuss - Kakao Blumenn

O evento, coordenado pela Secretaria Municipal de Turismo (SEMTUR), reuniu agentes de viagens, jornalistas, influenciadores digitais, representantes do Governo do Estado e do trade turístico paraense, além de empresários que atuam na cadeia produtiva do cacau, chocolate e outros produtos que derivam dessa área do agronegócio em Altamira e municípios adjacentes. 

Claudomiro Gomes, presidente da Associação do Consórcio dos Municípios de Belo Monte (ACBM) e prefeito de Altamira, explicou que a rota é resultado de um trabalho conjunto entre a Prefeitura, o Governo do Estado, o empresariado e que se fortaleceu com o sucesso do Choclat Xingu – Festival Internacional de Cacau e Chocolate de Altamira, idealizado em 2021 e que ano passado recebeu mais de 100 mil visitantes e destacou ainda mais a importância do cacau do Xingu e Transamazônica para manter o Pará com o título de maior produtor do Brasil, respondendo por 50% dessa produção nacional.

Diretores da Abelha Cacau

O prefeito relatou que a trajetória dos empreendedores do cacau do Pará começou na década de 60 e persiste até hoje. Ele destacou que o cacau tem muito a oferecer às famílias que atuam nessa cadeia.  “Aqui tem obras de arte, com um valor que é intangível. O que se cobrar por esse trabalho aqui, ainda vai estar aquém do que isso representa”, afirmou Claudomiro sobre o chocolate, as joias e as indumentárias inspiradas no cacau, apresentados em um desfile durante a programação de lançamento da Rota.
“Nenhum turista chega à Transamazônica sem passar por Belém, assim como nenhum turista chegará à Medicilândia, Uruará, Anapu, Vitória do Xingu, sem pousar em Altamira. Então, este é um trabalho produtivo conjunto, até porque este turista provavelmente não vai falar que comprou lá em Anapu. Vai dizer que comprou no Estado do Pará”, lembrou Claudomiro, ao explicar que hoje Altamira, maior município do Brasil, terceiro maior do mundo, já recebe turistas internacionais atraídos pelo turismo de pesca, pelo etnoturismo de imersão no cotidiano dos povos indígenas,  representados em 13 etnias, para observar aves e outros animais, pagando até R$ 30 mil reais por semana para vivenciar essas experiências. 

Jornalistas especializados em turismo, da ABRAJET,
AIJAM e FEBTUR, com o Prefeito Claudomiro Gomes.

Altamira, carinhosamente conhecida como “A Princesinha do Xingu”, é guardiã de rica fauna e flora, acessíveis a apenas algumas horas do centro urbano, pelo rio ou por estradas, em comunidades ribeirinhas como as que vivem na comunidade Maribel, às margens do rio Iriri ou na Reserva Extrativista Riozinho do Anfrísio, entre outras às proximidades do Rio Xingu. Conhecer essas riquezas, navegar nesse rio, é vivenciar experiências inesquecíveis.  É o que garante Eliana Couto, Secretária de Turismo de Altamira, ao justificar essa rota que representa uma aliança entre o setor turístico e  a agricultura do cacau, que só na Transamazônica responde por mais de 80% do que é produzido no Pará.

“Esse projeto é um projeto que envolve uma imersão no turismo. Esta Rota foi criada para impulsionar e valorizar aqueles produtores que já recebem turistas em suas propriedades e para mostrar essa agregação da atividade cacaueira ao turismo”, enfatizou a turismóloga Eliana Couto.

Promoção internacional - Selma Lopes representou o Secretário de Estado de Turismo do Pará, Eduardo Costa e afirmou que a equipe da SETUR “tem muito orgulho de como Altamira vem se destacando no turismo".

Prefeito Claudomiro Gomes com Selma
Lopes, representante da SEMTUR.

“Nós da SETUR sentimos muito orgulho de Altamira e gostaríamos de estar em todos os eventos que a Prefeitura realiza. Quando eu vejo essa rota eu me transporto para as rotas do azeite, em Portugal e na Europa como um todo. Aqui no Brasil nós não somos uma rota qualquer, nós somos a rota mais exótica, mais sofisticada e mais sustentável do planeta”, disse a gestora na SETUR, órgão do Estado com a missão de colocar os produtos turístico do Pará nas prateleiras do mercado mundial.

FITA 2024 SERÁ EM SANTARÉM - Durante o lançamento da "Rota Cacau ao Chocolate", Selma Lopes convidou os participantes do evento para mais uma edição da FITA - Feira Internacional de Turismo da Amazônia, que vai acontecer de 15 a 18 de maio em Santarém, no oeste do Pará, região turística do Tapajós.  O evento é uma das maiores vitrines do turismo na Amazônia brasileira e internacional.

A Rota do “Cacau ao Chocolate” foi apresentada inicialmente em novembro no Rio Grande do Sul, durante o FESTURIS - Feira Internacional de Turismo de Gramado. No último dia 11 foi lançada oficialmente em Altamira, nesta quinta em Belém e ainda este ano deve ser apresentada na Europa, para que turistas internacionais possam conhecer e degustar diversos  chocolates da Amazônia, a exemplo do que ocorreu neste lançamento, quando o produto foi exibido em estandes com material promocional com informações sobre a região, menu degustação e outros detalhes sobre o que a Rota “Cacau ao Chocolate” pode oferecer. 

Jaqueline Almeida, do Instituto Bem da Amazônia, com a
primeira dama Apoliane Gomes e a secretária de Turismo Eliana Couto.

A empresas que integram a Rota e participam do lançamento são a Abelha Cacau (de Altamira), Ascurra Chocolate, Sabor e Arte do Cacau e Cacauway  (de Medicilândia), Santa Amazônia (de Anapu), Cacau Xingu e Kakao Blumenn (de Brasil Novo) e Fazenda Panorama (de Uruará). Todas apresentaram suas empresas e as oportunidades de conhecer a cadeia produtiva do cacau ao chocolate. 

À MODA DO CACAU - Um termo para enfatizar nossa empatia com determinadas tarefas, situações ou mesmo pessoas é "vestir a camisa". Foi o que fizeram os organizadores do lançamento da Rota "Cacau ao Chocolate". Todos vestiram, literalmente, a camisa do produto que estão promovendo no meio turístico e comercializando no mercado do agronegócio e gastronômico. Vestidos, blusas, lenços, camisas e outros ítens de uma coleçao inovadora, que já está sendo comercializada no Xingu e Transamazônica e também em Portugal, foram apresentados e comercializados pela empresa Belém Andrade, como explicou a estilista Maria de Belém Andrade. "Nós lançamos a nossa marca há dois anos e graças a Deus está sendo um sucesso", comemora Belém. 

Helena Mergulhão expôs jóias
inspiradas no cacau e chocolate.

Hlena Bezerra Mergulhão é designer de jóias e também lançou algumas peças inspiradas no cacau da Amazônia paraense. O trabalho da artista fez parte de um desfile de moda que encantou os participantes. "O Pará é rico, muito rico e a gente precisa divulgar. Nós designers achamos a oportunidade de eternizar esse cacau em forma de jóias", relatou, diretora da HB Desirner, que tem loja no Polo Joalheiro, em Belém. 

Além da mídia tradicional de Belém, jornalistas especializados em turismo, associados da ABRAJET (Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo - seccional Pará), da  AIJAM (Associação Internacional de Jornalistas da Amazônia), FEBTUR (Federação Brasileira de Jornalistas e Comunicadores de Turismo) e do Instituto Bem da Amazônia, participaram da cobertura do evento.